Glaciar Perito Moreno |
Rio Gallegos - Base Militar na Fronteira com Chile |
Estreito de Magalhães - Chile |
Cerro Sombrero |
Vale do Rio Seco |
labaredas de fogo... Três da manhã, uns -2 C°, acordo, faço meu desjejum e apenas às 5:30 consigo arrumar tudo e voltar para a estrada. Foi uma boa idéia esta lanterna mineradora presa à cabeça, destas usadas por espeleólogos, para exploração de cavernas. Dormi bem e pela manhã, descansado, a sensação era de alívio, de dever cumprido e de satisfação pela superação das dificuldades até aqui. Hoje, 90 km adiante, o meu destino é Puerto San Julián, onde me encontrarei com a Wilma que lá pelas 14 h. alcançaria-me com o ônibus, vindo de Comodoro, já bem perto da cidade. Um décimo, dois, um quarto, metade do caminho e tudo corria bem com o vento ainda ameno. Deixei a região de El Salado para trás que por meses olhava no mapa e por ser tão inóspita e distante, parecia que ia levar “uma vida” para chegar. Uma ovelha do lado de fora da cerca parecia fugir de mim e, há uma hora, corre na minha frente, numa tentativa desesperada de encontrar uma falha na cerca para voltar à estância. Deve ser o meu capacete que a assustou... Um longo declive e avisto o mar. Agora estou esperto para não ser pego de surpresa no meio da descida por uma corrente de vento. O lindo e enorme vale, faltando 30 km para chegar, enche meus olhos de admiração. Espero que Puerto San Julián esteja antes daquelas montanhas lá no horizonte... No meio do descampado, o vento oeste vem, trazendo-me muita dificuldade. Uma picape com algumas pessoas pára, uma senhora tira uma foto minha e vai embora. Nem me perguntaram se eu precisava de carona ou de água... Algumas horas depois percebo que infelizmente a cidade fica além das montanhas mesmo. Para minha surpresa, os últimos 15 km de subidas são mais fáceis que o plano lá de trás, pois os ventos diminuíram e faltando 12 km para chegar, o ônibus trazendo a Wilma alcança-me, passa por mim buzinando como para me incentivar. Meu coração dispara, lágrimas rolam talvez pelos 5 dias sozinho por estas paisagens desertas, mas é um choro bom, por tudo estar dando certo, de contentamento e alegria... Foi muito melhor ela ter ficado se recuperando, pois com a bagagem que deixei e mais a dela, não sei se teríamos vencido o forte vento oeste e todas as outras dificuldades. Agora, uma longa descida e lá está a bela Puerto San Julián. Passei por um ciclista italiano, em direção contrária, vindo Rio Gallegos para Comodoro Rivadavia, que Deus o acompanhe. Às 15 h. chego e um longo e apertado abraço sintetiza toda nossa emoção e saudade. |
Segui então, por entre as máquinas reformando o asfalto durante uns 10 km. Ele também avisou que a estrada iria subir cada vez mais e o vento ia piorar. Às sete da tarde, exausto, próximo à entrada que leva à Floresta Petrificada, encontrei uma pequena ponte recém construída com 1,20 m de altura e a mesma medida de largura. O local ainda estava limpo, coloquei a bice quase no meio, em diagonal, e “montei” a barraca dentro, porém um pouco mais na entrada. Foi uma noite tumultuada devido ao desconforto e à preocupação com possíveis animais peçonhentos, pois na verdade, o teto da barraca encostava nas minhas pernas. No dia seguinte, às 13 h., cheguei em Três Cerros. Local movimentado, onde havia também hospedagem, pela chegada constante de ônibus com turistas. Um pequeno guanaco domesticado pelo dono do restaurante, fazia a festa da criançada.Por um lapso, esqueci a máquina fotográfica no banheiro e, quando não havia mais esperanças de encontrá-la e reaver as mais de 1000 fotos já tiradas, um argentino, depois de me procurar por todo o lugar, muito honesto e civilizadamente, devolve a minha “preciosa”. Agradeci muito pela honestidade e consideração. Satisfeito com meu almoço, “fideo com trozo”, ou seja, macarrão com pedaços de carne cozida, às 15 h. era hora de partir, pois ainda faltavam 50 km para os 90 diários que estipulei serem possíveis naquelas condições. O vento lá fora, dobrando as árvores, já preocupava. Não teve jeito, o corpo queria ficar na hospedagem, mas a teimosia dizia que eu precisava prosseguir e sob olhares incrédulos e o sol castigando, lá vai eu de volta para a solidão das paisagens sem fim de gramíneas - tufos de matos amarelados distantes uns dos outros na superfície, mas sob o solo acontecendo uma luta insana das raízes em busca da umidade das chuvas muito raras .
Oito km/h. era a minha velocidade na reta sem fim, o barulho do vento nos ouvidos inviabilizava o MP3, então, para vencer a monotonia, comecei a cantar bem alto... Nossa! Não sabia que o meu repertório era tão pequeno... Às 18 h., para minha sorte, o vento, repentinamente, mudou de direção e começou a soprar do Atlântico, mais ameno, e pude desenvolver uma boa velocidade com média de 20 km/h. Às 8 da noite, precisava achar um morrinho amigo: alguma elevação que ficasse próximo à estrada, mas fora da vista dos veículos. Impressionante que em centenas de quilômetros, não havia uma falha na cerca de arame farpado que separa as estâncias da estrada. Consegui um bom local no Vale do Rio Seco. Agora, 21:30 h., o céu vai tomando uma tonalidade dourada e as nuvens parecendo
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Comodoro R. à Puerto San Julián
Enquanto a estrada margeava o mar, mais abaixo do planalto, o vento passava por cima, até que a mesma tomou o rumo do continente em direção a Fitz Roy. Vieram as subidas, algumas de 5 km, e muitas vezes, o vento dificultava ainda mais me obrigando a pedalar o tempo todo sentado a fim de diminuir o atrito com o ar. Quando finalmente atingi o planalto, onde o vento deveria piorar, para minha grata surpresa, ficou meio de lado e pude desenvolver um pouco de velocidade para. Exausto e, com os últimos quilômetros parecendo 50, cheguei às 13 horas em Fitz Roy. Pequeno lugarejo, com algumas ruas e uma praça, de nome Eva Perón, esta com árvores “desnutridas” que pareciam ter desistido da vida diante dos rigores do clima seco e da aridez do solo. As casas eram muito baixas como propósito de amenizar a força do vento.
Quase não consegui vaga no modesto hotel por causa da invasão de trabalhadores reformando a rodovia que seguia para a região dos Sete Lagos - Bariloche. Durante meses estudando os mapas e imagens pelo programa Googleearth, achávamos que este trecho, de Fitz Roy a P. San Julián seria o mais difícil por causa da distância e do deserto - 420 km com apenas um posto de combustível no Caminho. Também no começo da viagem, pelas cidades nos alertavam para este fato. Mas para minha surpresa, o mapa estava errado e na verdade eram “apenas” 280 km, que pretendia fazer em uns três dias. Meu próximo destino agora era Três Cerros, uma estação de serviços (como se diz por aqui, um posto de abastecimento de nafta e parada dos ônibus), adiante uns 130 km de estepes. Um friozinho danado, 5 da manhã, e a pequena cidade de Fitz Roy fica para trás. Preciso pedalar o máximo que puder antes das nove, quando o vento deve chegar. Sete da manhã, estou no lindo Vale do Rio Deseado, o frescor do ar e algumas poças no asfalto indicam que choveu por aqui. A vista encanta e admira: o reflexo das águas escuras e límpidas do Rio Deseado contrastam com a aridez do local numa paisagem singular e a se perder no horizonte. Trinta quilômetros depois, nuvens pesadas e escuras em rápida movimentação desabam numa chuva torrencial, mas surpreendentemente vejo os pesados pingos suspensos sendo levados pelo vento em direção ao Atlântico. Mais uns 30 km adiante, um caminhão-pipa parado e o motorista me oferece água. Disse que bicicletas o encantam e que já foi campeão provincial (estadual) de ciclismo. Contratado para trabalhar na reforma da Ruta 3, avisou-me para não pegar o desvio, evitando assim, o perigoso tráfego de caminhões.
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RELATO DA VIAGEM - Continuação |
Puerto San Julián à Rio Gallegos
Cidade interessante, onde foi rezada a primeira missa em solo argentino, no porto está ancorada uma réplica da nau Victória, da frota de Fernão de Magalhães, a única que conseguiu completar a primeira volta ao mundo. Dentro dela há réplica de cera de índios patagônicos, do comandante, da tripulação, alimentos, e equipamentos de navegação. Com base no tamanho das armaduras, das camas e do vestuário, chegou-se à conclusão que a estatura média de Fernão de Magalhães e de seus homens não passava de 1,55m. Já os índios, com seus 1,70m, eram vistos como os gigantes de pés grandes – Patagones – pelos europeus. Descansei por dois tranqüilos dias e às 6 da manhã do dia 11/02/07, nova despedida. Agora nos encontraríamos em Rio Gallegos, capital da Província Santa Cruz, novo desafio de 350 km (no caminho , apenas uma cidade, um hotel e uma vila, Guer Aike). Coração novamente apertado, fui deixando a bela cidade histórica e a Wilma, para trás. Levarei para sempre na lembrança os nossos belos momentos.Com vento a favor pude desenvolver ótima velocidade e, seis horas depois, cheguei em Comandante Luis Piedrabuena. Cidade bonita e planejada para o turismo, é banhada pelo |
Estância Coy Aike |
Cmte L. Piedrabuena |
excesso de branco fizesse lembrar um hospital, o hotel contrastava com a localização erma. Fiquei no alojamento, muito limpo, mas o grande quarto com 8 beliches e lençóis listrados davam um aspecto” meio de prisão”. Felizmente fiquei sozinho no quarto 7 e às 5:30 h. do dia seguinte, já estava de saída. Lá fora, o escuro ainda predominante e o frio de 3 graus desafiavam a minha vontade, mas tinha que enfrentar outra dura jornada até Rio Gallegos. A 100 km estava o povoado Guer Aike e 7 km antes de chegar, finalmente uma das muitas nuvens de chuva se movimentando no horizonte, atinge-me. Veio pesada, muito fria e rápida. Só tive tempo de sacar a parte de cima da barraca para me proteger. E como veio...foi. Em Guer Aike , faltando 30 km para Rio Gallegos, o vento muito forte que vem lá de El Calafate, fica completamente a favor. Com a bice super leve, em pouco mais de 1 hora, chego em Rio Gallegos, 3 horas antes do ônibus que trazia a Wilma de Puerto San Julián. |
belo rio turquesa Santa Cruz que também empresta seu nome à província (estado) e que é considerada a mais bela do país devido, principalmente, à região dos glaciares. Placas de madeira, artisticamente entalhadas com animais nativos, sinalizam as ruas. Os anúncios dos hotéis, hospitais e lojas seguem o mesmo padrão. Fui até a margem do belo rio observar sua singular coloração. Na verdade, na Cordilheira dos Andes, há o derretimento das geleiras formando lagos que em contato com o mineral cobalto dá este lindo tom turquesa. No Lago Argentino, o maior deles, na região de El Calafate, nasce este rio. No dia seguinte, dez quilômetros de subida contínua, mas não muito acentuada, levam de volta ao planalto. Passei pelo Parque Monte León e fiquei muito perto de alguns ñandus (primos das avestruzes, só que menores). Depois de tranqüilos cem quilômetros, cheguei no exótico Hotel Le Marchand, que fica no meio da estepe patagônica a 130 km antes de Rio Gallegos. De praxe, uma cerveja “Quilmes” e 1 litro para comemorar. Instalações de primeira e banheiros impecáveis, embora o |
Rio Gallegos à Ushuaia
Nos dois merecidos dias de descanso, deixamos as bices no chalé e fomos em viagem de ônibus até El Calafate , uns 250 km, e de lá , em uma van até o mais belo acidente geográfico de toda a jornada: O Glaciar Perito Moreno. Um monumento natural formado de gelo ainda da última era glacial, com 60 metros de altura, 15 km de comprimento e 7 de largura. Foi maravilhoso! Nova despedida, mas agora mais revigorado e um pouco mais confiante, saí às 6h. da manhã. Inicialmente com uma velocidade de 15 Km que logo foi abaixando e à tarde, com o vento castigando, caiu para 5. Acreditando que podíamos nos encontrar na aduana, distante uns 60 km, na fronteira com o Chile, lá pela 10 h da manhã, na verdade cheguei umas 5 h. da tarde, por causa do vento forte. O ônibus levando a Wilma alcançou-me muito antes do que prevíamos e novamente senti um aperto no coração. Pelo caminho, quase sem poder pedalar, deitei e bice para poder lanchar e, curiosamente, uma picape pára um pouco à frente e um rapaz me oferece um pneu de bicicleta, com roda e tudo. Não precisava mas agradeci e nada de carona. Mais alguns quilômetros, faltando 20 para a aduana, outra picape pára. Desta vez me dá carona até lá e ,no caminho, o Sr. Carlos, em férias, ainda me leva para visitar a Lagoa Azul, uns dois quilômetros fora da estrada. Uma impressionante cratera de vulcão, extinto, com uma bela lagoa turquesa no centro. Meio desnorteado, sem saber bem o que fazer, lá estava eu na aduana (Primeira Angostura Austral, uns 60 km de R. Gallegos), mal conseguindo segurar a bice, face à força do vento, bem mais forte que aqueles que enfrentara. Para começar, conseguir um local onde pudesse armar a barraca, fora um capítulo à parte. Falei com um soldado, que falou com um cabo, que falou com um tenente e, finalmente, o major. Resolvido os trâmites hierárquicos e militares, aquele mesmo cabo entrou num bugue pintado de camuflado, voltando uns 1.500 mt, numa pequena base militar, mostrou-me o local. |
Tentei aqui, muitas pedras, tentei ali, muito vento e assim, só lá pelas 21h, esperando que estava pronto para dormir. Mesmo assim, apostando todas as fichas, que a barraca realmente fosse à prova de vento e durante toda a noite acordava preocupado que tudo fosse pelos ares, mas a “danada”, às vezes pressionando minhas pernas, agüentou firme. Pela manhã, fiquei preocupado, pois o vento oeste não parara o tempo todo, levando por terra a minha última aposta que seria sair o
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mais cedo possível. Tentei os deliciosos chocolates chilenos, mas a loja de conveniências, dentro da aduana, ainda estava fechada. Sem carona, 10 h da manhã, só restava seguir em frente agora com a vegetação visivelmente curvando-se mais, indicando que o vento aumentara. Na fila de |
automóveis, pude verificar expressões incrédulas: aonde aquele doido pensa que vai? Sob o efeito de um “túnel de vento”, devido à arquitetura do edifício, o vento parecia mais ameaçador, mas assim que saí, percebi que soprava meio de lado, mais fácil de vencer. Pelo menos deu para montar e apenas nas pontes tinha que parar e empurrar, pois o vale |
trazia uma corrente bem mais forte. Um zorro (espécie de raposa), julgando-se escondido, observava-me por entre os mourões parecendo pensar: “o que será que aquele estranho animal de cabeça brilhante (capacete) estará fazendo por aqui? Talvez pela proximidade com o Pacífico, a movimentação das nuvens agora era maior, ameaçando pesadas e geladas chuvas a qualquer momento. Um pouco montava e outro pouco empurrava a bice. A preocupação aumentava, e agora nem cantar adiantava para me tranqüilizar. Então, comecei a rezar o Pai Nosso, continuamente. Finalmente avistei o famoso Estreito de Magalhães e um sentimento muito forte de contentamento por conseguir chegar até aqui, tomou conta de mim. Mais uma curva e agora fiquei completamente de frente para o vento que soprava de forma ininterrupta, impedindo-me de prosseguir. Com muito custo, consegui colocar a bice contra os suportes da placa de sinalização , pelo aspecto do cimento, recém colocada. Sentei atrás da bice e assim fiquei até que o vento diminuísse um pouco e pudesse prosseguir. Três horas depois, amainou um pouco e segui em frente, sendo que a maior parte do tempo empurrando, para o próximo povoado que ficava a uns 15 km dali: Villa Punta Delgada. Na verdade, apenas um restaurante para |
caminhoneiros e mais adiante, umas vinte casas pertencentes à uma estância. Ninguém atendia, a sensação de frio aumentava até que finalmente, o dono, com um castelhano muito rápido, cedeu um espaço para a barraca no estacionamento. Consegui também uma ducha quentinha e um jantar típico da região: |
carneiro assado acompanhado de uma sopa meio rala com uma única e enorme batata cozida. Um avantajado pedaço de carne, meio encolhida no meio do comprido osso, que era maior que o prato. Nessa altura, com o vento implacável lá fora, e por até uma questão de bom senso, já tinha desistido de continuar pedalando. Pela manhã, tentaria contratar a picape do dono do estabelecimento. Mas este, alegando que teria dificuldades nas duas fronteiras até Rio Grande, 350 km dali, onde a Wilma já me esperava, não aceitou a proposta. Diante disso, fiquei até as 13 hs tentando uma carona mas não consegui. Os caminhoneiros diziam que poderiam ter problemas com o seguro no caso de acidente. Finalmente, uma picape deixou-me uns 10 km à frente na estrada que seguia para o Estreito de Magalhães. Assim que se foram, pensei: será que foi uma boa idéia ? De novo na estrada a mercê do vento que a muito me “avisara” que a região não era para ciclistas. Contudo, percebi que a direção da estrada para o estreito ficou meio perpendicular ao vento e, com muito custo e atenção redobrada, dava para prosseguir. Com pouco tráfego, pude pedalar a maior parte do tempo pelo meio da pista, fugindo assim dos barrancos no acostamento pois este era muito estreito e o vento empurrava. Quando avistava um veículo, parava. Assim consegui chegar até a enorme balsa que me levaria para a Isla Tierra del Fuego. A travessia foi uma aventura: com uns 10 caminhões e uns vinte carros, vez ou outra, parecia que tudo iria sucumbir às furiosas ondas. Em terra firme, no único restaurante, tratei de reabastecer com pães, bolachas, água mineral, frios e chocolates chilenos. A dona, para meu alívio, avisou que pelo caminho haveria muitas estâncias prontas para oferecer pousada e refeição. Em frente, do outro lado da estrada, via-se uma placa indicando campo minado, herança da quase guerra Chile-Argentina intermediada pelo Papa João Paulo II, pelas posses daquelas terras. Às 18 horas, segui para Cerro Sombrero, 42 km à frente. A esta altura, muito animado, pois o vento além de diminuir um pouco, soprava, mais a favor, fui deixando para trás paisagens lindíssimas com estância e suas centenas de ovelhas, enormes guanacos atravessando a estrada e zorros correndo |
livres pelas colinas. Vinte e uma horas e chego no povoado que parecia já estar recolhido. O “auto-servicio” (restaurante e lan-house) estava fechando, quando depois de 3 dias consegui finalmente mandar um e-mail para a Wilma, sem notícias minhas até então. Indiferente à garoa fina e gelada, comemorei |
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